domingo, 24 de maio de 2020

ALERTA - COVID19 cresce de forma acelerada no RS

Desde o início da COVID 19 no Rio Grande do Sul, em 10 de março, o crescimento de casos ocorreu mais próximo a uma progressão aritmética que uma progressão geométrica, o que vinha indicando aparente controle no processo evolutivo, porém a partir de 06 de Maio foram registrados em datas pontuais valores muito divergentes da média que vinha sendo registrada, com sucessivos pontos fora da curva como consta na tabela 1.


Tabela 1 – Novos casos entre 05 e 22 de Maio de 2020 no Rio Grande do Sul


Na tabela 1 constam os valores de novos casos por dia registrados no RS no período de 05 a 22 de Maio, sendo possível observar grande oscilação de valores nesse período, incluindo dois dias, 13 e 18 de Maio, onde não ocorreram registros de novos casos, como pode ser observado no gráfico 1.


Gráfico 1 - RS COVID19 novos casos por dia registrados entre 05 e 22 de Maio de 2020


Considerando a evolução de novos casos por dia no período total entre 10 de Março e 22 de Maio, conforme apresentado no gráfico 2, fica mais evidente a visualização da recente mudança de comportamento, com o aspecto geral da curva na escala horizontal comprimida, como segue.

Gráfico 2 - RS COVID19 novos casos por dia registrados entre 10 de Março e 22 de Maio de 2020


No gráfico 2 é possível observar pela média móvel (7 dias) até o início do mês de Abril, que houve crescimento praticamente linear, o que corresponde a um período de evolução em progressão aritmética, assim como uma pequena tendência de redução em torno do dia 9 de Abril, e o início de uma nova tendência de crescimento, após 19 de Abril, com o início de grandes oscilações nos valores reais a partir do dia 05 de Maio, elevando drasticamente os valores da média móvel.


Observando a evolução de casos por dia em escala Logarítmica, fica evidente como a mudança de tendência de evolução ocorrida após 19 de Abril já teve impacto para configurar a atual situação de crescimento acelerado nos valores de novos casos por dia.

Conforme explicado no artigo publicado em 22 de maio, referente ao crescimento da pandemia de COVID 19 no Brasil, as progressões geométricas têm comportamento exponencial, e quando apresentadas em escala logarítmica aparecem na forma linear, sendo preocupante a evolução ocorrida após 19 de Abril, que observada no gráfico 3 é coerente com uma tendência linear em escala logarítmica, configurando um período de crescimento acelerado que ainda persiste indefinido, o que pode levar a drástico agravamento da situação, num momento em que contrariando as evidências e as estratégias mundialmente adotadas, no RS vem ocorrendo relaxamento de medidas de isolamento social.

Gráfico 3 - RS COVID19 novos casos por dia registrados entre 10 de Março e 22 de Maio de 2020 (Escala Logarítmica base 10)


A situação atual no RS tende ao descontrole uma vez que as taxas de evolução dos últimos dias não permitem configurar tendências matemáticas de regressão, havendo a urgente necessidade de intervenção do poder público no sentido de restaurar e ampliar medidas de isolamento social e restrições das atividades não essenciais.


O gráfico 4 expressa a curva de evolução do total de casos no RS, e duas curvas adicionais que simulam o total de casos a partir de PA e PG de novos casos por dia, com razões de progressão que resultam no mesmo valor total de casos em 22 de Maio de 2020.

Gráfico 4 - RS COVID19 evolução do total de casos entre 10 de Março e 22 de Maio de 2020


A progressão aritmética é uma função linear, porém como anteriormente citado, a PA e PG que configuram as curvas auxiliares no gráfico acima foram geradas na função de novos casos por dia, de forma a configurar sequências numéricas hipotéticas e de comportamento matematicamente bem definido que resultassem no mesmo total de casos, e conforme explicado no artigo publicado em 19 de maio de 2020, que trata do Modelo de Analise Matemática de evolução de casos de Coronavírus, o número de novos casos por dia é a função derivada da função total de casos, assim a função linear na derivada, quando integrada tem comportamento quadrático, conforme a curva correspondente a PA apresentada no gráfico 4.

No gráfico 4 é importante a visualização do lugar geométrico definido pela curvas resultantes da PA e PG de novos casos por dia, é nesse espaço entre a função quadrática da PA e a função exponencial da PG, que a curva real de casos por dia evolui com sua média móvel permeando e migrando gradativamente sobre as condições de contorno de uma infinidade de funções polinomiais, principalmente de ordens maiores que 5, contidas no lugar geométrico e que contêm os mesmos pontos extremos.

Assim como na visualização da evolução de novos casos por dia, é também extremamente esclarecedora a observação em escala logarítmica da evolução total de casos e de suas funções de contorno, como está apresentado no gráfico 5.

Gráfico 5 - RS COVID19 evolução do total de casos entre 10 de Março e 22 de Maio de 2020 (Escala Logarítmica Base 10)


Desprezando as variações iniciais mais bruscas anteriores a 20 de Março, é possível observar no gráfico 5, o comportamento da curva real a partir desta data bem coerente com a curva da função decorrente da PA, porém,  após 19 de Abril houve um ponto de inflexão, mudando a tendência de desaceleração e assumindo durante praticamente um mês, comportamento com tendência linear, que na escala logarítmica corresponde a uma PG, ou seja, a estagnação do decaimento da razão de progressão resultando em período de crescimento acelerado, configurando nítida tendência de crescimento a partir desta data, que aparentemente foi ignorada no embasamento de tomadas de decisões recentes quanto ao relaxamento de medidas de isolamento social.

No gráfico 6 foram destacadas seis principais linhas correspondentes às variações de tendência, onde pode ser observado que houve redução da razão de progressão das linhas 1 a 4, voltando a crescer a partir da linha 5, após a 19 de Abril, e novamente na linha 6 após 19 de Maio, com tendência próxima à razão de progressão da atual PG equivalente, indicando  crescimento acelerado e com sinais de descontrole, evidenciando a urgência em rever as medidas imprescindíveis para que as próximas linhas de tendência voltem a girar em sentido horário. 

Gráfico 6 - RS COVID19  evolução do total de casos entre 10 de Março e 22 de Maio de 2020 (Escala Logarítmica Base 10)
(Ilustração de seis principais linhas de tendência)


O dado novo com o registro de 418 casos em 23 de maio, não considerado nessa análise, e mesmo sendo inferior aos três últimos dias, contribuiu ainda na elevação da média móvel semanal, uma vez que em 17 de Maio foram registrados 40 casos no RS, quando a média móvel estava em 294, elevando a média atual para 377, um importante dado que evidencia o distanciamento da possibilidade de controle no RS.


Paulista-PE, 24 de maio de 2020.


Roberto de Souza van der Linden
Engenheiro Mecânico



sexta-feira, 22 de maio de 2020

ALERTA - O Crescimento da Pandemia de COVID-19 no Brasil ainda não desacelerou.


Neste momento existe muita expectativa quanto a chegada ao pico da Pandemia de COVID-19 no Brasil, ocorre que em paralelo existe também muita desinformação e desconhecimento sendo veiculado em redes sociais, em muitos casos gerando uma falsa sensação de segurança, o que pode ocasionar e o inoportuno relaxamento de medidas de proteções individuais e coletivas, assim como, havendo pressão de parte da sociedade no sentido de que haja a liberação de atividades não essenciais.
Muitos falam sobre o pico sem entender sobre o que falam, uma vez que equivocadamente dão a entender que chegando ao pico a Pandemia estará controlada, quando o pico apenas representa a possibilidade de enxergar uma “luz no fim do túnel”, ou seja, o pico, do número de novos casos por dia, é o que concretiza o início da redução de novos casos a cada dia, indicando a possibilidade de controle da Pandemia, mas não necessariamente garante esse controle, uma vez ocorrendo relaxamento de condutas sociais preventivas e medidas restritivas, o cenário rapidamente pode mudar  gerando novamente a aceleração no número de novos casos por dia e descaracterizando o pico ocorrido como valor máximo, deixando como um pico pouco significativo dentro de um período de oscilação ainda resultando em número de casos crescentes, o que pode, por exemplo, ser observado na evolução de casos do estado de Pernambuco.

No gráfico acima é possível observar dois “picos” na média móvel, indicados pelas setas, mas que não caracterizaram a maior média de casos por dia da epidemia local, uma vez que após curto período decrescente, voltou a ocorrer crescimento, superando o valor máximo anterior, não caracterizando o início da tendência de decrescimento na média de novos casos por dia. É possível também observar na curva de valores reais (azul) os dois picos em valores absolutos entre as duas setas e um maior ocorrido em 16 de maio. É provável o ponto fora da curva em 16 de maio tenha sido decorrente de acréscimo de casos de dias anteriores que dependiam de confirmação, uma vez que nos cinco dias anteriores os resultados tiveram tendência crescente, mas foram abaixo da média.
Matematicamente, dentro de um determinado intervalo de domínio, um pico positivo ocorre quando a função com imagens positivas, muda sua condição de crescente para decrescente, o que corresponde na função derivada a um valor zero, com esta função decrescente passando de positivo para negativo, assim o pico na função primitiva ocorre no ponto (data) em que a função derivada tem imagem igual a zero.
Desta forma podemos entender que uma coisa é chegar a “um pico”, mais complicado é consolidar uma tendência de decrescimento de forma a confirmar o valor máximo ocorrido realmente como “o pico”.
Nos EUA, por exemplo, o pico foi configurado no início do mês de Abril, pelo valor real de novos casos por dia em 06 de Abril, mas está havendo muita dificuldade para manter uma taxa de redução, como mostrado no gráfico abaixo.

No gráfico acima é possível observar que ocorreram entre 30 de Março e 29 de Abril, três picos nos valores reais de novos casos por dia, que estão destacados pelas circunferências amarelas, o primeiro em 03 de Abril com 37.926 novos casos, o segundo em 06 de Abril com 43.438 novos casos por dia e o terceiro e mais importante só veio a ocorrer em 23 de Abril com 37.144 novos casos por dia.
Esse exemplo mostra claramente a dificuldade que um país com dimensões continentais teve em consolidar a difícil trajetória de redução de novos casos por dia, e diferentemente do que em geral os modelos matemáticos sugerem em suas projeções, não houve simetria entre os períodos de crescimento e decrescimento. É sabido que lá foram e estão sendo realizados milhões de testes, o que sem dúvida pode ter impactado  nos dados apresentados no gráfico e detalhados a seguir.
A referência anteriormente feita quanto à importância do terceiro, mas não maior pico, se deve ao fato de que só a partir desta data, 23 de Abril, é que foi consolidada efetivamente uma lenta tendência de redução no número de novos casos por dia, assim podemos dizer que o que ocorreu nos EUA não foi só “o pico”, mas uma espécie de “platô”, que teve como efeito um drástico aumento do número total de casos nesse período, além de impactar no tempo para controle da pandemia.
Em 06 e Abril quando foi caracterizado o maior valor real de novos casos por dia, havia nos EUA um total de 374.329 casos acumulados, em 08 de Abril quando se configurou o pico pela média móvel de 7 dias, haviam 459.165 casos acumulados, no período de 08 a 23 de Abril, foram contabilizados mais 438.125 casos, totalizando 865.585, mais que dobrando o valor total, considerando o valor real do pico em 06 de Abril, e com a pequena taxa de decrescimento que se configurou, atualmente o total de casos acumulado já é da ordem de 1,53 milhões, ou seja 4 vezes maior que por ocasião do pico, e por lá ainda vem se registrando mais de 20 mil novos casos diários, conforme pode ser observado no gráfico abaixo.

Desta forma o tão esperado “pico” corresponde a um momento decisivo no rumo que a pandemia está tomando, mas também ao momento mais crítico, com maior número de casos por dia e com a maior quantidade de casos registrados nos dias que o antecedem e no mínimo da mesma forma nos dias que o sucedem.
O pico é o momento que caracteriza a transição de crescimento acelerado, para crescimento desacelerado do total de casos, assim matematicamente seria razoável esperar que na melhor das hipóteses, num processo evolutivo que se mantenha rigorosamente controlado, entre o pico e o final, o total de casos acumulado viesse no mínimo a dobrar, mas na prática por fatores diversos que os modelos matemáticos só conseguem absorver ao longo do tempo, a exemplo dos EUA, Espanha, Itália e muitos outros países, não é isso o que ocorre, e em geral a quantidade de casos entre o pico e o controle da pandemia tende a ser bem maior que do início até o pico. No Brasil isso não será diferente, e não parece haver consciência coletiva quanto a este importante fato.
O Brasil, com dimensões continentais, com processos evolutivos distintos entre as 27 unidades da Federação, carente da consolidação de uma gestão de crise robusta por parte do governo federal, e com muita “desinformação” circulando em redes sociais, já se mostra potencialmente como o próximo Epicentro da Pandemia no mundo, e contrariando muitas opiniões a possibilidade de pico de novos casos por dia a nível nacional dá sinais de estar se distanciando cada vez mais. Na publicação do dia 19 de maio  (http://artigostecnicosbvdl.blogspot.com/2020/05/modelo-de-analise-matematica-de.html), a situação apresentada por ocasião permitia vislumbrar a aproximação do pico para o Brasil por volta de 12 de Junho, mas com a evolução dos últimos dias houve variação na tendência levando a expectativa de pico para 14 de Junho, isso com base nos dados até 20 de maio, porém como explicado no artigo anterior, essa previsão tem os três últimos dias ponderadamente atenuados de forma a conter efeitos de oscilações muito bruscas, assim, na previsão atual com base em 20 de maio, os dados considerados com maior relevância para tendência são até 17 de maio, quando houve um valor abaixo da media móvel, de menor influência no deslocamento do pico que os dois pontos imediatamente anteriores, 15 e 16 de maio, que foram bem próximos e pouco acima da média móvel e que também estavam atenuados na estimativa anterior, mas passaram agora não só a influir no deslocamento do pico, como a indicar tendência de maior valor médio de casos por dia na ocasião do pico, conforme demonstram os gráficos abaixo.


Os dois gráficos mostram que houve significativa variação de tendência entre a média atual obtida com os dados até 20 de maio e a média anterior obtida com dados até 18 de maio, quando apenas um dos atuais seis últimos pontos estava contribuindo integralmente no resultado, mas ocorre que houve drástico crescimento nos três últimos dias considerados na estimativa atual com dados até 20 de maio, que somados correspondem a mais de 50 mil casos, mas que ainda estão com sua influência atenuada, e que certamente vão contribuir para o distanciamento da data de pico, principalmente com o resultado mais recente, ainda não considerado, mas também acima da média.
Atualmente com mais de 300 mil casos, o total de casos no Brasil dobrou nos últimos 13 dias, em 08 de maio eram pouco mais de 145 mil casos, porém os 58 mil casos nos últimos quatro dias, configuram preocupante possibilidade de tendência de deslocamento da data do pico e crescimento no número total de casos, o que será melhor observado nas  previsões dos próximos três dias.
Nesse momento é importante observar o comportamento evolutivo em todas as unidades da Federação de forma a possibilitar um melhor entendimento do impacto de cada uma na evolução total do país e como as distintas situações evolutivas poderão afetar a curva nacional.
Numa hipótese isenta de qualquer previsão, é fundamental que tenhamos em mente que o total de casos até o controle da pandemia tende a ser superior ao dobro do total de casos no pico, assim é importante haver a consciência coletiva quanto ao longo caminho que ainda restará a percorrer após o pico para que se consiga vencer a pandemia. Ainda não é possível imaginar que ocorram mudanças de conduta em relação a afrouxamento de medidas de distanciamento social, sob o risco de aumentar ainda mais a abrangência da pandemia, com exceção a existência de um fato novo que venha a acelerar drasticamente a redução de novos casos por dia, como a improvável imunização por vacina de toda ou grande parte da população em curto prazo, ou a partir de êxito em resultados conclusivos e eficazes de algum dos diversos experimentos atualmente em andamento no mundo, com comprovação e adoção de protocolos mais eficazes no combate, que venha a reduzir a taxa de contaminação através da redução do tempo de cura, o que mesmo que venha a ocorrer não resulta em efeito tão imediato como uma vacina.

Se observarmos em escala logarítmica a evolução de novos casos por dia no Brasil, podemos entender que ocorreu um importante ponto de inflexão por volta de 20 de Março, reduzindo substancialmente a razão média de progressão inicial da Pandemia, ou seja, desacelerando a curva de crescimento do número de casos por dia, passando a um comportamento de crescimento desacelerado aproximadamente até o dia 04 de Abril, mas de lá para cá, a evolução mostra em escala logarítmica preocupante comportamento com tendência linear, o que indica que a razão de progressão não regrediu de forma significativa durante esse ultimo período, oscilando entre aceleração e desaceleração, dificultando a aproximação do pico, como pode ser observado no gráfico abaixo.


Calculando as razões médias de progressão, com base na evolução da média móvel do número de casos por dia nos períodos anteriormente citados, foram obtidos os resultados conforme tabela abaixo:



Os resultados obtidos confirmam a indicação pela visualização gráfica, que conforme esperado vem ocorrendo redução na razão de crescimento, caracterizando assim que em média o crescimento é desacelerado. Porém, com base na evolução real entre 18 e 20 de maio, que contabilizaram mais de 50 mil casos, as taxas médias de evolução semanal, que constam da tabela 2, abaixo, se comportaram acima do valor médio para o período mais recente indicado na tabela 1, acima.
  

O mesmo gráfico de evolução de casos por dia está abaixo em escala decimal.



No gráfico acima, é possível observar na média móvel entre 24 de Abril e 14 de Maio, três pontos que na curva (vermelha) geraram um aspecto de “degraus”, cada um destes poderia ter configurado um pico, mas nos três casos, mesmo tendo havido imediata redução na razão de progressão com valores menores que um, em seguida a razão voltou a crescer, retardando o pico. Importante também observar graficamente os 4 últimos pontos da curva de valores reais (azul), indicam crescimento mais acentuado e maior que o anteriormente ocorrido entre os dias 9 e 14 de maio, o que espelha as taxas apresentadas acima na tabela 2, configurando preocupante resistência a desaceleração.

No pico de novos casos por dia, a razão de progressão tende a um, e para ocorrer gradativa redução no número de casos por dia, a razão de progressão precisará permanecer menor que um e decrescente após o pico.
Para que possamos voltar a achatar a curva de novos casos por dia, gradativamente reduzindo a razão média de progressão, é fundamental a manutenção, ou até nos locais mais críticos, a ampliação do distanciamento social, uma vez que a contra partida de ser omisso a essa primordial necessidade é a mais onerosa, com distanciamento do pico e ampliação do número total de infectados, consequentemente resultando no aumento do número de óbitos.
Os resultados obtidos na última estimativa sugerem que o momento atual corresponde a aproximadamente 16 % do total estimado pela tendência gerada, indicando a possibilidade de só se conseguir o controle o mês de Setembro, com um total de casos entre 1,8 e 2 milhões, como consta do gráfico abaixo.


Só com a intensificação de medidas preventivas e restritivas é possível reverter esse assombroso cenário, ainda podemos achatar mais ainda a curva de casos por dia, e tentar trazer o pico para mais perto, influindo na redução do número total de casos, mas isso depende de ampla conscientização coletiva.
Os 18.508 novos casos divulgados em 21 de maio, mesmo ficando pouco abaixo do dia 20 de maio, está ainda acima da média dos três dias anteriores, e teve efeito de crescimento da media móvel dos últimos sete dias, indicando que o padrão que vem se configurando é de aceleração e distanciamento do pico. Mesmo com a taxa média semanal tendo hoje ficado em 1,0322, por tanto abaixo da taxa média do período de   04 de Abril a 20 de maio,  a média móvel da taxa dos últimos sete dias, já incluindo 21 de maio, está em 1,07, também com tendência de crescimento, confirmando que o Brasil passa por um momento extremamente crítico para definição do rumo evolutivo da pandemia, e grande parte do poder público nas esferas estaduais e federal, assim como, grande parte da população permanece alheia a dimensão do problema.

Recife-PE, 22 de maio de 2020.

Roberto de Souza van der Linden

Engenheiro Mecânico

terça-feira, 19 de maio de 2020

Situação atual da epidemia de COVID-19 no município de Paulista PE.


Com base no histórico de evolução de casos de COVID-19 no município de Paulista-PE, no período de 03 de Abril a 18 de Maio, considerando a média ponderada das tendências dos quatro últimos dias (de 15 a 18 de Maio), a situação matemática de evolução da epidemia decorrente dos  casos  oficialmente notificados no município, aparenta estar controlada com indicando que entre hoje a amanhã (19 e 20/05/2020) ocorrerá o pico de novos casos por dia. Isso significa que as medidas adotadas no município aparentam ter surtido efeito, mas não significa que é o momento de relaxamento de tais medidas, o que ainda requer contínuo acompanhamento e no caso de mudança de tendência voltando a tendência de crescimento poderá indicar a necessidade de outras providências restritivas, o que é de responsabilidade exclusiva do poder público.

O crescimento do número de casos no município no período de 01 a 18 de Maio foi de aproximadamente 150%, o que significa que o total de casos no início de maio correspondia a aproximadamente 40% do total atual.

Esse é um dado muito significativo, uma vez que o esperado para a próxima quinzena, se confirmado o pico conforme tendência média atual, é no mínimo uma quantidade de novos casos equivalentes a quinzena anterior ao pico, o que representa na melhor das hipóteses,  mais 600 a 650 casos para a próxima quinzena ou mais 900 a 1.000 casos para os próximos 30 dias. Isso parece pouco em relação aos números de Pernambuco, mas o relaxamento de medidas de proteção individual e coletiva no município num momento em que a epidemia demonstra iniciar redução do número de casos por dia, estando na melhor das hipóteses em 52% do total de casos previstos pela tendência atual, pode levar a uma drástica mudança de tendência e descontrole momentâneo a epidemia no município, acarretando o prolongamento do período a ser impactado pela epidemia e o aumento do número total de casos, assim como aumentando drasticamente a demanda no sistema de saúde.

A analise atual resultou na situação apresentada no gráfico abaixo:


Os dados resultantes dessa tendência indicam a ocorrência do pico de novos casos por dia entre 19 e 20 de Maio (de hoje para amanhã) em média com 48 novos casos por dia e totalizando entre 1.250 e 1.300 casos acumulados no município. Se mantida essa tendência é possível cear a 99% dos casos entre 25 e 28 de Junho com um total acumulado na ordem de 2.300 casos.

A explicação do modelo adotado para chegar a esses resultados está no artigo anterior, em:

É importante salientar que os modelos matemáticos refletem uma tendência de momento, e indicam possibilidades a partir desta tendência. Os modelos matemáticos são dinâmicos e as tendências geradas sofrem alterações a cada novo dado, o que em geral implica em contínuas alterações das curvas e resultados de projeção futura. O acompanhamento dessas variáções em tempo real representa uma importante ferramenta para a gestão de crise e tomada de decisões pelo poder público.

Paulista-PE, 19 de Maio de 2020.

Roberto de Souza van der Linden
Engenheiro Mecânico

Modelo de análise matemática de evolução de casos do Coronavírus.


Introdução:
Este trabalho objetiva através de modelagem puramente matemática, por meio de análise direta do comportamento evolutivo das funções que descrevem o problema, estabelecer uma metodologia alternativa para que em tempo real, durante a continuidade dessa pandemia ou em eventos futuros de mesma natureza, seja possível um melhor entendimento com relação a eficácia das ações de mitigação e seus efeitos no processo evolutivo, assim como possibilitar uma ferramenta para embasamento de tomada de decisões estratégicas através de análise direta de dados específicos de qualquer local.
Fatores tais como, tamanho da população, densidade demográfica, comportamento social adotado em cada contexto, sem dúvida exercem influência no processo evolutivo da epidemia em cada local, e os resultados numéricos em cada um dos locais analisados, mesmo refletindo esses fatores, não necessariamente podem ser comparados entre si, uma vez que partem de valores absolutos e em linhas de tempo diferentes, porém o comportamento evolutivo em cada local pode ser relativizado de forma a permitir tal comparação, se ajustada na linha de tempo ou após o controle da epidemia.
Os resultados que estão apresentados neste trabalho refletem uma média ponderada das tendências resultantes nos últimos quatro dias, entre 14 e 17 de maio, para a cidade do Recife, o estado de Pernambuco e o Brasil, tendo como base o histórico evolutivo da Pandemia de COVID19 até 17 de maio de 2020, disponível no site do Ministério da Saúde (https://covid.saude.gov.br/).
É fundamental que toda a população esteja ciente quanto à abrangência da Pandemia para que ocorra um comprometimento geral no sentido de adotar as medidas de proteção individuais e coletivas mais adequadas, sempre seguindo as orientações dos profissionais da área de Saúde, que têm a habilitação e competência para exercer essa importante responsabilidade, através da continua avaliação dos dados em tempo real, estabelecendo os protocolos adequados para o combate a Pandemia, dando o suporte técnico necessário ao Poder Público que tem a responsabilidade de implantar as medidas mais adequadas a cada situação, e precisa estar consciente quanto a real situação do evento para tomar decisões embasadas, e o mais acertadas possíveis, fundamentadas por análise dos dados e fatos.
Mesmo tendo como base dados oficiais do Ministério da Saúde, os resultados apresentados nesse trabalho não substituem os dados oficiais e orientações, do Ministério da Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde de PE ou da Secretaria Municipal de Saúde de Recife.   
                                                   
Metodologia:

A metodologia adotada utiliza duas funções para gerar as tendências, uma de comportamento mais discreto, com base no comportamento da taxa de variação do total de casos e outra com comportamento mais oscilatório, com base no comportamento da taxa de variação de novos casos por dia. A primeira é menos sensível às variações imediatas, sendo importante na estabilização da projeção diária como uma função que reflete a evolução em médio prazo, a segunda é muito sensível às variações imediatas, o que reflete as variações de tendência em curto prazo, porém, para estabilizar a tendência oscilatória os resultados dos últimos três dias são atenuados, somente na segunda função, através de uma média ponderada entre eles e a média do intervalo anterior considerado como significativo para gerar a função de tendência. O intervalo considerado significativo é obtido a partir da base de dados por estreitamento através de médias e desvio padrão. Para simular a projeção futura são geradas duas funções de tendência, uma linear e uma exponencial.
O modelo adotado tem base na variação de razões semanais das taxas de evolução, como numa média móvel, dessa forma os resultados de projeção espelham uma função média, cuja data de configuração do evento pode não coincidir exatamente com a data correspondente ao dado real. Por exemplo, tanto em Recife como em Pernambuco, houve um grande registro de casos no dia 16 de maio, correspondendo a um ponto muito fora das curvas, o que, como dado real pode vir a espelhar o maior valor de casos por dia (Pico de casos por dia), mas não necessariamente correspondendo ao pico nas evoluções das médias móveis locais.
                                              
Análise da situação em Recife-PE:

O total de casos em Recife teve um crescimento de 143% nos 17 dias do mês de maio, ou seja, até o dia 30 de abril o total de casos representava 41% da situação atual. O resultado apresentado abaixo ainda não reflete totalmente a influência de crescimento que poderá ser provocada pelo registro de 1.061 novos casos em 16 de maio, quando a média móvel de 7 dias vinha oscilando pouco acima de 300 casos por dia, uma vez que só a partir de 3 dias o modelo vai absorver esse valor real. Os resultados dos três dias posteriores vão definir a influência que o ponto fora da média terá sobre as funções de tendência, mas o primeiro destes foi  bastante coerente com a média móvel, e entre os dias 10 e 15 de maio ocorreram cinco resultados consecutivos com valores abaixo da média móvel, o que atenua o efeito da discrepância gerada em 16 de maio.
Os dados históricos e os resultados atuais sugerem pela média móvel, a aproximação do Pico de casos por dia em Recife, por volta do dia 22 de maio, representando em média 430 a 480 novos casos por dia. O valor atual da média móvel de 7 dias, já impactado pelo resultado de 16 de maio, está na ordem de 400 novos casos por dia.
As atuais medidas de restrição social devem colaborar no sentido de manutenção ou até redução das funções de variação na razão de progressão, assim como a incógnita com relação ao número total de infectados assintomáticos e infectados ainda em período de incubação poderá influir de forma inversa.
Os dados de tendência obtidos e apresentados no gráfico abaixo sugerem que ocorrendo o pico em 22 de maio, o total acumulado será da ordem de 11 a 12 mil casos. Nessa hipótese de tendência, entre 23 e 28 de Junho será possível atingir 99% na ordem de 20 a 21 mil casos.


Análise da situação em Pernambuco:


O total de casos em Pernambuco teve um crescimento de 165% nos 17 dias do mês de maio, ou seja, até o dia 30 de abril o total de casos representava 37,7% da situação atual. O resultado apresentado abaixo ainda não reflete totalmente a influência de crescimento que poderá ser provocada pelo registro de 2.279 novos casos em 16 de maio, quando a média móvel de 7 dias vinha oscilando pouco acima de 700 casos por dia, uma vez que só a partir de 3 dias o modelo vai absorver esse valor real. O crescimento em Pernambuco durante o mês de maio foi superior ao crescimento em Recife o que reflete o alastramento da epidemia pelo interior do estado e municípios vizinhos a Recife.
Os dados históricos e os resultados atuais sugerem a aproximação do pico de casos por dia em Pernambuco, pela média móvel, também por volta do dia 22 de maio, representando em média 950 a 1.050 casos por dia, o valor atual da média móvel de 7 dias, já impactado pelo resultado de 16 de maio, está na ordem de 880 novos casos por dia.



Os dados de tendência obtidos sugerem que em 22 de maio o total acumulado será da ordem de 23 a 24 mil casos. Nessa hipótese de tendência entre 21 e 26 de Junho será possível atingir 99% na ordem de 42 mil casos.
A atual situação em Recife corresponde a 50% do total do estado, e a exemplo do que ocorreu em Recife, também no total do estado houve nos cinco dias anteriores a 16 de maio valores reais abaixo da média, como pode ser observado no gráfico acima. Da mesma forma os resultados dos próximos dias irão definir a influencia desse ponto fora da curva no comportamento da tendência atual, que reflete esse momento da epidemia no estado, podendo ainda ser fortemente impactada, pelos mesmos fatores citados anteriormente na análise de Recife associados ao que venha a ocorrer no interior do estado, com relação à implantação ou não de mediadas de mitigação, proteção individual e coletiva.

Análise da situação no Brasil:


Num país de dimensões continentais como o Brasil, uma análise mais completa requer no mínimo as análises individuais das 27 unidades da federação para compor uma tendência resultante, porém, o modelo permite análise simplificada a partir da base de dados consolidada de todo o país. Nos diversos estados e DF, existem diferentes situações epidemiológicas com relação a tempo e taxa de evolução da epidemia, que são absorvidas de forma média em função da evolução do total de novos casos por dia no país.
A evolução do total de caso no Brasil nos 17 dias do mês de maio foi de              163%, ou seja, o total de casos em 30 de abril corresponde a 38% da situação atual, porém, a situação da epidemia na linha de tempo resulta muito diferente de Pernambuco.
Os dados atuais demonstram que a nível nacional estamos aproximando o ponto de inflexão da fase de crescimento, o que significa a transição de crescimento acelerado para crescimento desacelerado no número de novos casos por dia, correspondendo, pela média atual de tendência, a situação atual a aproximadamente 17% do total de casos previstos para o país neste momento, resultando assim numa estimativa para o pico de novos casos por volta de 12 de Junho, com média da ordem de 22 mil casos por dia, e com um total acumulado de casos da ordem de 700 mil, levando a possibilidade de atingir 99% dentro da primeira quinzena de Agosto, podendo chegar a um total de casos da ordem de 1,4 milhões.


Justificativa para utilização de tendência média:

As tendências geradas a cada dia refletem o momento atual e as variações nas previsões irão ocorrer a cada nova informação, mas esse modelo com adoção de duas funções para gerar as tendências vem mostrando coerência na aproximação de resultados, porém sem a adoção de um filtro de ponderação para a tendência de curto prazo, gerada a partir da função decorrente da variação do número de novos casos por dia, variações bruscas como as ocorridas em PE e Recife no dia 16 de maio, implicariam na impossibilidade de gerar a função de regressão, assim como haveria grande variação dos resultados gerados a cada dia. O filtro de ponderação não anula a variação da tendência imposta pelos três últimos resultados, mas reduz substancialmente sua influência imediata. Estão abaixo os gráficos de casos por dia gerados para o Brasil entre 13 e 17 de maio, onde é possível observar o efeito de retardo gerado pela influência dos três últimos pontos atenuada.




O resultado acima, com dados até 13 de maio, não desconsidera os três últimos pontos, correspondentes aos dias 11, 12 e 13 de maio, mas os aproxima da média de tendência reduzindo a influência imediata dos mesmos, restando assim o ponto do dia 10 de maio, inferior a média, exercendo maior influência.


No resultado acima, com dados até 14 de maio, o ponto de menor valor do período, em 11 de maio, passou a exercer influência, puxando para baixo as curvas de tendência, mesmo tendo ocorrido na data um ponto acima da média, mas ainda atenuado na sua influência para tendência.
No resultado com dados até 15 maio, na imagem abaixo, ainda houve pequena redução na estimativa, uma vez que o ponto de 12 de maio, próximo mas inferior a média passou também a ser relevante e os três pontos acima da média estão atenuados.


A inversão no comportamento da tendência, como pode ser observada no gráfico abaixo, passou a ocorrer a partir da inclusão dos casos ocorridos em 16 de maio, com o primeiro ponto acima da média, correspondente a 13 de maio, passando a ter relevância, elevando as funções de tendência.




O valor em 17 de maio foi abaixo da média, e vai ajudar nos próximos dias a puxar para baixo novamente a tendência, mas está ainda atenuado, junto com dois pontos anteriores, 15 e 16 de maio, que estão acima da média e vão exercer influencia oposta. Como o ponto em 14 de maio teve valor ainda superior a 13 de maio, e no resultado apresentado no gráfico abaixo já não está mais atenuado houve crescimento das funções de tendência.




Os resultados diários obtidos mostraram que mesmo após aplicação de um filtro de atenuação dos três últimos dias, o que em princípio resolveu o problema para gerar a função de tendência com base na variação de novos casos por dia, variações significativas nos resultados diários das estimativas ainda ocorrem por conta da influencia de curto prazo. A adoção de tendência baseada em uma média ponderada para os últimos quatro dias, que considerou o fato dos valores reais dos últimos três dias estarem atenuados, tem o objetivo de tornar as variações diárias de tendência mais discretas, mas preservando ponderação decrescente e geometricamente proporcional a cada dia, onde o dia atual tem peso correspondente a 44,72%, decrescendo nos anteriores como segue: 27,64%, 17,08% e 10,56%.
Com a aplicação da média ponderada o resultado médio obtido para o Brasil com dados até 17 de maio, apresentado anteriormente, ficou muito próximo ao resultado obtido sem aplicação de média com dados até 16 de maio, também apresentado acima.

Conclusão:


Esse é um modelo matemático simples, em desenvolvimento, que se propõe a avaliação da evolução de uma situação complexa, considerando a variação de duas funções geradas com base na evolução das razões semanais de progressão, que ainda requer maior período de análise para avaliação de eficácia, mas como todo modelo puramente matemático e simples, não leva em consideração a possibilidade de interferências futuras que advêm de situações reais associadas entre outros fatores, à gestão da crise, a capacidade de suporte do sistema de saúde nas diferentes fases evolutivas, assim como a possibilidade de desenvolvimento de novos protocolos e meios mais eficazes de tratamento, ou mesmo a ainda remota possibilidade de se obter uma vacina eficaz a curto prazo.  Tais interferências só são absorvidas por esse modelo ao longo do tempo repercutindo na variação da tendência gerada.
As funções de tendência variam a cada dia adaptando-se a realidade imposta, gerando regressões puramente matemáticas que visam aproximar, mas em geral não correspondem ao comportamento real que deve ocorrer no futuro, em decorrência das prováveis interferências não mapeadas pelo modelo. Mas os dados resultantes das funções de tendência convergem indicando a aproximação de eventos como o pico de casos por dia ou os pontos de inflexão nas fases de crescimento de decrescimento de novos casos por dia, que correspondem ao momento de mudança de comportamento de acelerado para desacelerado.
Os resultados gerados fornecem a cada dia uma estimativa da condição atual em relação ao total projetado, porém o mais comum é que o comportamento da curva real de decrescimento no número de casos por dia não seja tão simétrica como a que resulta nos modelos matemáticos, implicando num aumento real do número total de casos em relação ao que é estimado no modelo. Nas curvas de novos  casos por dia de países como Itália, Espanha e Estados Unidos, que já passaram do pico de novos casos por dia, pode ser observado que houve dificuldade em consolidar a curva real de redução, onde ocorreram períodos posteriores ao pico com estabilização no número de casos por dia, impactando significativamente na ampliação do total de casos após o pico.
Na medida em que as funções de tendência são atualizadas por novos dados essa assimetria é absorvida pelo modelo com variação nos coeficientes das funções de tendência o que resulta em aumento do período total e no total de casos previsto. Esse é um comportamento esperado no pós-pico durante o período em que o modelo projeta redução acelerada no número de casos por dia, o que pode configurar oscilações recorrentes entre decrescimento e crescimento do número real de novos casos por dia, gerando durante algum tempo uma média móvel praticamente constante, como ocorreu nos EUA após o pico, durante boa parte do mês de Abril.
Modelos matemáticos, por mais complexos que sejam, não são estáticos, são dinâmicos, e não se propõem a funcionar como uma “bola de cristal”, mas quando bem aplicados podem exercer a importante função que a Bússola ainda hoje tem para a navegação.



Paulista-PE, 19 de Maio de 2020.


Roberto de Souza van der Linden
Engenheiro Mecânico